(Antes do Concerto)
AC / DC no Estádio Alvalade XXI a 3 de Junho.
Alvalade aguarda AC/DC
Os AC/DC só chegam hoje ao final do dia a Lisboa mas no Estádio de Alvalade ultimam-se os preparativos para receber os senhores de ‘Thunderstuck’ na noite de quarta-feira. Cerca de 300 pessoas – 150 da produção da banda, mais 150 portuguesas – trabalham desde sexta-feira na montagem do grandioso cenário, a que nem falta uma locomotiva.
Segundo Álvaro Covões, da produtora Everything Is New, disse ao CM, “este será, sem dúvida, o espectáculo do ano”. “São quatro dias de montagem e mais um para desmontar”, acrescentou (ver apoios).
O palco que os AC/DC trazem a Lisboa é um dos três que têm na Europa e vai ocupar todo o topo Sul. Tem 78 metros de comprimento por 21 de profundidade e uma longa passerelle liga-o ao segundo palco, mais pequeno, situado junto ao topo Norte, onde a banda interpretará alguns temas junto dos fãs mais distantes, que terão perto duas colunas de ‘delay’, frisou Andreia Criner, da produção nacional.
De volta a Lisboa 13 anos após a estreia, os AC/DC tocarão duas horas e 15 minutos, num alinhamento com os maiores êxitos, casos de ‘Thunderstruck’, ‘Back in Black’, ‘Highway to Hell’ e ‘Shoot to Thrill’. Vai haver pirotecnia em pelo menos três momentos e a banda não fez pedidos extravagantes à organização.
A segurança é outra prioridade da organização, que mobilizará “300 seguranças privados e mais 300 polícias”, revelou Álvaro Covões. Ontem à tarde restavam ainda cerca de dois mil bilhetes para o concerto.
SAIBA MAIS
80 bocas de cerveja para saciar a sede. E há dezenas de WC portáteis nos fossos de Alvalade.
12 pontos de venda de comida estarão localizados no relvado.
17h00
Abrem as portas. Os Mundo Cão tocam às 19h30. Uma hora mais tarde são os The Answer, ficando os AC/DC para as 21h40.
(Depois do Concerto)
AC/DC: locomotiva rock n roll arrasou em Alvalade
Banda australiana mostrou toda a sua energia em palco numa gigantesca produção.
A locomotiva dos AC/DC passou esta quarta-feira pelo Estádio deAlvalade XXI, em Lisboa, e mostrou todo o poder em palco de uma das mais conhecidas e bem sucedidas bandas de rock de todos os tempos.
Numa produção de dimensões a que os portugueses estão pouco habituados, a banda australiana trouxe a Portugal um verdadeiro circo rock ‘n’ roll, com um enorme palco de 78 metros de largura, vários ecrãs gigantes, um palco secundário no meio do estádio e efeitos pirotécnicos.
As cerca de duas horas de espectáculo arrancaram com um vídeo de introdução para «Rock ‘n’ Roll Train» até aparecer mesmo uma locomotiva e com ela os cinco «rapazes». Apesar de já terem passado a barreira dos 50, demonstraram toda a sua juventude. O vocalista Brian Johnson e o guitarrista Angus Young, declaradas figuras principais, correram quilómetros, fazendo inveja a muitos fãs com metade da sua idade.
Imagem de marca de Angus, para além da fatiota colegial, os chifres vermelhos iluminavam o topo do palco e as cabeças de milhares de fãs que pagaram para ter um par só deles. Acessório ideal para receber temas como «Hell Ain’t A Bad Place To Be», «Hells Bells» ou «Highway To Hell».
«É bom estar de volta», exclamou Brian Johnson, 13 anos depois da primeira e última passagem dos AC/DC por Portugal. As saudades eram muitas e o público, que encheu o relvado e as bancadas, não fez cerimónias na hora de festejar em grande o regresso do conjunto australiano.
«Back In Black» foi o primeiro grande clássico saído da guitarra de Angus Young, eterno schoolboy que fez magia com a sua Gibson SG preta. «Thunderstruck», «You Shook Me All Night Long» e «T.N.T.» foram outros dos temas recebidos com entusiasmo logo aos primeiros acordes.
Com o seu rock ‘n’ roll despretensioso e em que a única preocupação é o divertimento em palco e na plateia, os AC/DC foram somando pontos a cada tema, nunca deixando os ânimos esfriarem. Se em «The Jack» a locomotiva abrandou à velocidade do blues, nem por isso perdeu potência – a música andou de mãos dadas com o entretenimento e as câmaras apontaram as suas lentes para as fãs femininas que cantavam o refrão «she’s got the jack». Até deu para reconhecer uma «penetra», uma boneca insuflável, que certamente não terá pago bilhete.
Por esta altura, já Angus presenteara o público com um divertido strip tease (ficámos a saber que ele usa boxers dos AC/DC) antes de um dos momentos simbólicos da noite: o badalar do sino de «Hells Bells».
«T.N.T.» teve chamas a acompanhar o refrão cantado por todos com pontência e «Whole Lotta Rosie» trouxe uma enorme Rosie insuflável montada em cima da locomotiva. Antes do encore, Angus Young teve direito a uma verdadeira coroação. O guitarrista de 54 anos exibiu os seus dotes como solista, primeiro no palco secundário e mais tarde no principal, para gáudio dos fãs.
No regresso, «Highway To Hell» foi o tema mais cantado da noite por uma plateia que cruzou várias gerações. O final com «For Those About To Rock (We Salute You)» foi acompanhado de uma salva de tiros de canhão e fogo de artifício. Era o encerrar de uma noite memorável, que apenas ficou manchada pela ineficácia das torres de colunas em combater o delay sonoro.
Alinhamento:
1. Rock ‘n’ Roll Train
2. Hell Ain’t A Bad Place To Be
3. Back In Black
4. Big Jack
5. Dirty Deeds Done Dirt Cheap
6. Shot Down In Flames
7. Thunderstruck
8. Black Ice
9. The Jack
10. Hells Bells
11. Shoot To Thrill
12. War Machine
13. Dog Eat Dog
14. Anything Goes
15. You Shook Me All Night Long
16. T.N.T.
17. Whole Lotta Rosie
18. Let There Be Rock
Encore
19. Highway To Hell
20. For Those About To Rock (We Salute You)
Videos do concerto
Abertura do concerto
THE JACK
Vê aqui as fotos do concerto:
Fotos do concerto (tiradas pelo o meu pai na bancada e pela Rita na relva, o meu obrigado a ela)
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