O álbum dos Bon Jovi – The Ultimate Collection já está disponível nas prateleiras das melhores e piores lojas do ramo do mundo inteiro, embora já tenha sido lançada em alguns países como Alemanha e Japão. Mas, a banda já tinha disponibilizado o material que seria encontrado nela. Com isso, já temos tudo o que precisamos saber sobre a colectânea: o álbum é duplo (mas tem a versão simples) e repete a colectânea lançada há 16 anos excepto por algumas faixas inéditas.
A compilação faz uma viagem justa e impecável pelos 27 anos da banda. Com 30 canções, sendo quatro inéditas, eles revisitam os áureos tempos do bom e velho hard rock até ao tempo em que bateram de frente com o rock country e voltaram a ocupar os primeiros lugares das paradas de sucesso dos Estados Unidos com Who says you can’t go home.
O projecto foi megalomaníaco, como quase tudo que envolve a carreira da banda nos últimos anos: documentário, biografia mais bonita do que indispensável e grandes shows que os recoloca entre as bandas mais relevantes da actualidade. Poderia muito bem corrigir alguns lapsos da colectânea anterior e seguir em frente, sem a necessidade de um álbum duplo. Mas eles sabem que são pessoas e já não é de hoje que lançam figura repetida. Ou alguém esqueceu do These Days (1995) e do These Days duplo (1996)?
É que ela invariavelmente dá uma repetição da colectânea Cross Road, lançada em 1994, erro que os U2, por exemplo, pela dinâmica de lançamentos de suas compilações, não comete. No caso U2, a banda lança um The Best of a cada 10 anos, isso desde 1998 o que, obviamente, faz com que os fãs não tenham mais do mesmo em sua colecção.
O mérito desta vez é que, além das faixas inéditas, acrescenta o óbvio: hits que entraram para a história da banda nos últimos 15 anos. Lançar uma colectânea apenas com essas que ficaram de fora. Mas daí a banda encontraria uma pedra no caminho: os fãs dariam atenção para uma compilação sem os hits dos anos 80? A resposta seria uma grande incógnita, mas na minha opinião os anos 80 fizeram dos Bon Jovi aquilo que são hoje.
Indiscutivelmente, esta é a melhor fase para uma colectânea, uma vez que a banda está sendo bem sucedida em seus projectos. Jon Bon Jovi, finalmente, deixou só de cantar e de representar como actor, e criou a sua fundação ajudar os mais necessitados. Richie Sambora, totalmente livre de grande parte dos problemas que quase afundaram sua carreira há cerca de dois anos, ocupa, merecidamente, um lugar de honra na galeria dos guitarristas virtuosos da história do rock.
As quatro canções inéditas já entram para colecção com rótulo de super hits. Lógico que, de todas, a que, por tradição, mostra mais potencial para entrar para a história é a power ballad , o tema What do you got? Que já deu o ar da sua graça até no promo canadense de Grey’s Anatomy.
O que se espera é que essa colectânea, realmente faça justiça ao nome e seja definitiva. Até porque a banda ainda nos deve um álbum Acústico oficial e um bom álbum ao vivo (se for considerar o One Wild Night, definitivamente, ainda nos devem isso). Um álbum que todos os fãs da banda devem ter em sua colecção, afinal, quem se incomoda de ouvir os hits 80′s da banda em mais de uma compilação?
Alinhamento do álbum:
CD1
1. “Livin’ on a Prayer”
2. “You Give Love a Bad Name”
3. “It’s My Life”
4. “Have a Nice Day”
5. “Wanted Dead or Alive”
6. “Bad Medicine”
7. “We Weren’t Born to Follow”
8. “I’ll Be There for You”
9. “Born to Be My Baby”
10. “Bed of Roses”
11. “Who Says You Can’t Go Home”
12. “Lay Your Hands on Me (radio)“
13. “Always”
14. “In These Arms”
15. “What Do You Got?”
16. “No Apologies”
CD 2
1. “Runaway”
2. “Someday I’ll Be Saturday Night”
3. “Lost Highway”
4. “I’ll Sleep When I’m Dead”
5. “In and Out of Love”
6. “Keep the Faith”
7. “When We Were Beautiful”
8. “Blaze of Glory”
9. “This Ain’t a Love Song”
10. “These Days”
11. “(You Want To) Make a Memory”
12. “Blood on Blood”
13. “This Is Love, This Is Life”
14. “The More Things Change”